Missão
A ACIFF – Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz, pessoa colectiva de utilidade pública, fundada a 21 de Maio de 1835, contribuinte n.º 501 083 928, é uma associação empresarial sem fins lucrativos, com sede no Largo Professor Vítor Guerra, n.º 3, no concelho da Figueira da Foz e que abrange toda a área dos Concelhos que constituem o Baixo Mondego, designadamente Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Cantanhede, Mira, Coimbra, Soure, Condeixa-a-Nova e Penacova.
A esta Associação foi-lhe reconhecido o estatuto de 'utilidade pública', por despacho de sua Excelência o Primeiro-ministro, conforme consta do Diário da República n.º 30, IIª Série, de 5 de Fevereiro de 1991, sendo Pessoa Colectiva de Utilidade Pública.
A ACIFF tem por objectivos e fins, de acordo com o artigo 3.º dos seus estatutos (em anexo): “A defesa dos legítimos interesses e direitos de todos os empresários associados, contribuindo para o prestígio e dignificação da sua actividade” e “promover o desenvolvimento do comércio, indústria e serviços, contribuindo de forma harmoniosa e integrada para o desenvolvimento económico e social da sua área de actuação.
A sua fundação surgiu em 1835, a 21 de Maio, depois de um conjunto de personalidades ligadas ao comércio marítimo e destacadas no meio da então Vila da Figueira da Foz sentiram a necessidade de criar uma Associação Comercial.
Acta de Fundação de 21 de Maio de 1835
A necessidade de uma Associação Comercial nesta Vila para o fim de, em comum defender os direitos e promover os interesses do Comércio deste porto, em geral, e dos associados em particular é tão conhecida que se torna ocioso demonstrá-la. Desde muito que estas Associações estão em prática nas nações mais cultas da Europa: entre nós já elas tiveram começo em Lisboa e Porto: a Figueira considerada a 3ª Praça do Comércio da Nação não deve ser a última em formar uma semelhante; ela porém não deve existir sem Estatutos que formados no começo pelos associados, todos lhe fiquem sujeitos de futuro: para dar princípio a eles é necessário que mutuamente se conheçam, que se inscrevam como Sócios para logo que chegue o seu número a vinte, se reúnam, e procedam à formação e discussão deles. É para este fim e pela íntima convicção da utilidade de um semelhante estabelecimento que se inscrevem os abaixo associados.
Este compromisso, cujo original se encontrava no Arquivo, foi assinado pelos Srs.: Joaquim da Silva Soares, Jozé da Silva Soares, Manoel Fernandes Coelho Mascarenhas, Joaquim Avelino Tavares, Manoel Jozé de Souza, António Jozé Pestana, Jozé Manoel da Costa, Jorge Laidley, Edward Baker, Salomon Tozer, João Fernandes Thomaz, B. W. Tozer, Luís António de Souza, Jozé de Souza e Oliveira Sobrinho, Francisco António Machado, Domingos Jozé Pinto Vianna, António Sebastião d’Araújo, Jozé Marques Pereira, João Gonçalves Curado & C.ia, Francisco Jozé d’Oliveira Guimarães, Joaquim Malheiro de Mello, João Ignácio da Cruz, João da Silva Soares, fazendo ao todo 23 dos quais em virtude dele se reuniram no dia 21 de Maio, encontrando-se presentes dezassete que entre si assentaram nomear um Presidente e um Secretário que recolhesse os votos para a formação da Mesa da Direcção interina, sendo eleitos por aclamação os Srs. Joaquim da Silva Soares, para Presidente, e João Ignácio da Cruz Forte, para Secretário, que logo tomaram os seus respectivos lugares, procedendo à Eleição.
Auto de Eleição da Mesa da Direcção provisória para a Associação Mercantil desta Vila, sendo dezassete o número de votantes, que se acharam presentes.
Ficaram apurados os Srs. Joaquim da Silva Soares, com 16 votos;
Jozé da Silva Soares, com 15 votos;
Jozé de Souza Oliveira Sobrinho, com 14 votos;
Manoel Fernandes Coelho, com 13 votos;
João Ignácio da Cruz Forte, com 11 votos;
António Jozé Pestana, com 8 votos.
Com o que se findou este acto.
Joaquim da Silva Soares, Presidente
João Ignácio da Cruz Forte, Secretário
Sessão Ordinária da Direcção de 21 de Maio de 1835
Tendo o Sr. Presidente e mais membros da Mesa tomado assento, declarou à Assembleia estar instalada a Mesa interina, e disse que, o que havia a fazer seria o nomear uma comissão para que esta fizesse, e apresentasse à Assembleia, no menor termo possível, um regimento para ser discutido e aprovado por todos os Sócios; a Assembleia decidiu porém que a Mesa fizesse o Regimento, e que logo que o tivesse concluído, a convocasse para o apresentar, e esta o discutir e aprovar, com o que se terminaram os trabalhos da primeira Sessão.
Joaquim da Silva Soares, Presidente
Jozé da Silva Soares, Secretário
Jozé de Souza e Oliveira Sobrinho, Director
Manoel Fernandes Coelho Mascarenhas
João Ignácio da Cruz Forte, Director.
António Jozé Pestana